Autor: José Gonçalves [1]
IGREJAS OU PASTORES
DECADENTES?
Existem mercenários,
que pregam por dinheiro. Isto é um fato, mas por outro lado, existem igrejas
miseráveis e pastores decadentes! Fiz um post sobre pregadores que andam
procurando agenda (AGENDA ABERTA), e fiquei surpreso com a ampla repercussão da
postagem. A maioria esmagadora, como eu esperava, apoiou o post porque sabe que
condiz com os fatos. Agora quero tratar do outro lado da questão. Vou tratar
aqui de igrejas decadentes (ou seria melhor: pastores decadentes?), que ao
convidar alguém para ministrar quer recompensá-lo (abençoá-lo no jargão
pentecostal) com CESTA BÁSICA ou com um "deus te abençoe!
("deus" com "d" minúsculo. Sou pastor de tempo integral,
escritor e também mestre e como tal já tive a oportunidade de ver os dois lados
da moeda. Já ministrei em quase todos os estados da federação (e fora do pais
também por algumas vezes) e naqueles estados onde não ministrei recebi convites
para ministrar, mas que devido a compromissos já anteriormente assumidos não
permitiam novos agendamentos. Em nenhum deles exigi cachê ou estipulei valores
para ministrar!
Em todos os lugares que ministrei a igreja ou pastor se
sentiram livres para ofertar como desejaram. Dezenas de vezes ouvi a pergunta:
"Quanto o irmão cobra para ministrar em minha igreja?" Sempre respondo:
"Não cobro para pregar". Então vem a sequencia: "Então como
podemos abençoar o irmão?" Respondo que como pastor de igreja eu também já
estou habituado com eventos de grande e pequeno porte e costumo dar uma oferta
livre aos preletores convidados. Todos os que passaram por aqui sabem que foram
abençoados! (Se não o foi, tem toda liberdade de dizer o contrário aqui). Pois
bem, é aqui que surge a diferença entre um pastor decadente e um outro que é
abençoado e tem a visão do reino. O que caracteriza, portanto, ou como se
identifica uma igreja ou pastor decadente?
1. O pastor decadente,
geralmente é alguém que está à frente de uma igreja por uma questão de
sobrevivência. A igreja para ele é uma fonte de renda, uma vaca leiteira. Não
sobra dinheiro para eventos evangelísticos, missionários, congressos, etc,
porque a renda é pouca e se sair para esses "gastos" corre o risco
dele ficar sem salário.
2. O pastor decadente
tem a mão mirrada. Ele quer ganhar muito, mas o seu convidado que abençoou a
igreja com a palavra precisa se contentar com um "deus te abençoe" ou
com uma cesta básica. Conheço casos que cantores e pregadores foram abençoados
com cesta básica. Em outros casos o pastor mostra todo o despreparo
administrativo pondo a culpa da oferta mirrada para o convidado no baixo volume
de inscrições. Não sabe trabalhar e administrar, pois se soubesse teria feito
antes a reserva financeira para os palestrantes.
3. O pastor decadente
faz eventos em sua igreja apenas para atender a demanda da igreja e muitas vezes
nem ele mesmo se faz presente nos trabalhos.
4. O pastor decadente
não apoia os departamentos da igreja. Geralmente joga toda a responsabilidade
dos eventos nos departamentos, sobrecarregando os irmãos. Todavia ele, como
administrador da igreja, não deixa a renda da igreja entrar como contrapartida
em nada. Geralmente os crentes, como zangões de abelhas, tem que se virar nos
trinta (em campanhas e mais campanhas intermináveis) para gerir fundos para
eventos. É evidente que os departamentos tem que aprender a se autofinanciarem,
mas não é o caso aqui. A igreja precisa dar suporte financeiro aos
departamentos quando necessário.
5. O pastor decadente
não ver eventos de natureza espiritual como investimento, mas como gasto. Nesse
caso, que valor tem um congresso de EBD ou um congresso de Senhoras? Não sabe
ele que a Palavra de Deus ministrada nesses eventos é poderosa para trazer
renovo à igreja e poupá-lo de horas de aconselhamento com seus membros.
6. Por fim, o pastor
decadente é alguém que a igreja leva nas costas, se tornou um peso para a
igreja e para o reino de Deus.
Vamos orar para que
Deus nos guarde de sermos decadentes e orar para que Deus possa despertar os
que estão nessa condição.
[1] Pastor da Assembleia de Deus em Água Branca- PI. Graduado em Teologia pelo Seminário
Batista de Teresina e em Filosofia pela Universidade Federal do Piauí. É presidente do Conselho de Doutrina da Convenção Estadual das
Assembleias de Deus no Piauí e vice-presidente da Comissão de Apologética da CGADB. Além de comentarista das revistas Escola Dominical da CPAD, é também articulista a autor dos livros: As Ovelhas também Gemem, Porção Dobrada, Por que Caem os Valentes, A Prosperidade à Luz da Bíblia e Defendendo o Verdadeiro Evangelho, todos pela CPAD.
Fonte: <https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1878862032124071&id=100000008787869&_rdr#1886005044743103>.
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