Επίστευσα, διὸ ἐλάλησα
Cri, por isso falei
“Deus
não só viu de antemão a queda do primeiro homem e nela a ruína de sua
posteridade, mas também por seu próprio prazer a ordenou.”[1]
“Embora
sua perdição de tal maneira dependa da predestinação divina, a causa e a
substância dela (perdição) estão ambas neles (homens) […]. Portanto, o homem
cai porque assim o ordenou a providência de Deus; no entanto, cai por falha
sua.”[2]
Por outro lado, o teólogo holandês, Jacó Armínio, especialista no
assunto, contra argumentou concluindo:
"Mas
a culpa desse pecado não pode, de modo algum, ser transferida para Deus, seja
como uma causa eficiente, seja como uma causa deficiente. (1) Não como uma
causa eficiente. Porque ele não perpetrou esse crime através do homem, nem
empregou contra o homem qualquer ação, interna ou externa, pela qual Ele
poderia incitá-lo a pecar (Sl 5.5; Tg 1.13). (2) Não como uma causa eficiente.
Porque não negou nem retirou qualquer coisa que fosse necessária para evitar
esse pecado e cumprir a lei, mas Ele o havia dotado suficientemente com todas
as coisas necessárias para esse propósito, e o preservou depois que foi assim
revestido”.[3]
"Adão
não caiu pelo decreto de Deus, nem por ter sido ordenado a cair,
nem por deserção, mas pela mera permissão de Deus, que é colocada na
subordinação a nenhuma predestinação, seja à salvação ou à morte, mas que cabe
à providência, na medida em que ela é distinguida como oposição à
predestinação".[4]
"Uma
teoria pela qual Deus é considerado, necessariamente, o autor do pecado deve
ser repudiada por todos os cristãos e, na verdade, por todos os homens, pois
nenhum homem pensa que o ser a quem considera divino é mau- no entanto, segundo
a teoria de Calvino e Beza, Deus é, necessariamente, considerado o autor do
pecado- portanto, essa teoria deve ser repudiada ". [5]
[1]
Institutas da Religião Cristã. Livro III, Cap. XXIII, Seção VII.
grifo nosso.
[3] Obras.
Vol 1. P. 436.
[5] Obras. Vol. 3. P. 96-97. grifo nosso.
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