O Credo dos Apóstolos
(c. 150)
O credo diz: “Creio
[...] na ressurreição da carne”. O fato de que a igreja cristã tenha sempre
confessado a sua crença na ressurreição física de Cristo está expresso nesta
frase inconfundivelmente clara.
Podemos dizer,
portanto, que toda a igreja primitiva, no Oriente e no Ocidente, igualmente,
confessava publicamente a crença na ressurreição da carne. Nos credos ocidentais
[...] esta fórmula confessional conservou o seu lugar praticamente sem exceção.
Até a Reforma, não existe nenhuma exceção (Schep, NRB, 221).
Justino
Mártir (c. 100-c. 165)
O filósofo convertido
Justino Mártir foi um dos primeiros grandes apologistas da igreja. Ele não
somente usa a expressão “ressurreição da carne”, mas também a designa como
referindo-se à carne (ao corpo), e não à alma. Ele diz claramente:
“A ressurreição é
uma ressurreição da carne que morre” (ORF, in: Roberts and Donaldson, ANF,
1.298). “Ele até chamou a carne à ressurreição, e promete a ela a vida eterna.
Pois nas passagens em que Ele p rom e te salvar o h om em , ali Ele faz a prome
ssa à carne” (ibid., 297).
Irineu
(c. 125-c. 202)
Ressuscitar a carne
não representa um problema para Deus. Uma vez que o Senhor tem poder de
infundir vida no que desejar, e uma vez que a carne pode ser vivificada, o que resta
para evitar a sua participação na incorrupção, que é uma vida abençoada e
eterna, concedida por Deus? (AH, 3.3, in: ibid., 530).
Tertuliano
(c. 155-c. 225)
Com respeito a esta
regra de fé [...] vocês devem saber que a crença prescreve que existe um único
Deus e que Ele é o Criador do mundo, que criou todas as coisas do nada, por meio
da sua palavra, que Ele já existia antes de tudo e todos [...] e que, por fim,
desceu pelo Espírito e pelo Poder do Pai à virgem Maria, e tornou-se carne no
seu útero [...] tendo sido crucificado, ressuscitou novamente ao terceiro dia
[...] e voltará, com glória, para levar os santos para desfrutarem a vida
eterna e as promessas celestiais, e condenar os ímpios ao fogo eterno, depois
que tiver tido lugar a ressurreição dos dois tipos de pessoas, juntamente com a
restauração da carne destes (PAH , XIII, in: ibid., 3.249).
Atenágoras (final do século II)
[O fato de que] o
seu poder é suficiente para ressuscitar os defuntos é demonstrado pela criação
destes mesmos corpos. Pois se, quando eles não existiam, Ele criou, na sua
primeira formação, os corpos de homens e seus elementos originais, quando eles
forem dissolvidos, Ele os ressuscitará, de qualquer maneira que possa haver,
com a mesma facilidade, pois também isto é igualmente possível para Ele (RD ,
3, in: ibid., 2.150).
Rufino (345-410)
Rufino,
um bispo latino, escreveu a obra “Commentary on the Apostles’ Creed” (Comentário
sobre o Credo dos apóstolos), em que declarou que até mesmo as partículas perdidas
do corpo morto serão restauradas no corpo ressurrecto. Em outra declaração encontrada
em um prefácio à obra “Defense of Origen” (Defesa de Orígenes), de Panfílio, Rufino
enfatizou a identidade do corpo de Cristo com a sua carne:
Nós cremos que é
esta mesma carne na qual vivemos agora que irá ressuscitar outra vez, não um
tipo de carne em vez de outro, nem outro corpo que não seja o corpo desta carne
[...] E uma absurda invenção de maldade pensar que o corpo humano é diferente
da carne (citado por Schep, NRB, 225).
Itard Víctor Camboim De Lima. 30/11/2014.
(NORMAN,
Geisler. Teologia Sistemática vol 2. p, 716-717).
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