domingo, 30 de novembro de 2014

Os Pais da Igreja sempre creram que o que ressuscita é tão somente o corpo. / Church Fathers have always believed that what is raised is simply the body.





O Credo dos Apóstolos (c. 150)
O credo diz: “Creio [...] na ressurreição da carne”. O fato de que a igreja cristã tenha sempre confessado a sua crença na ressurreição física de Cristo está expresso nesta frase inconfundivelmente clara.
Podemos dizer, portanto, que toda a igreja primitiva, no Oriente e no Ocidente, igualmente, confessava publicamente a crença na ressurreição da carne. Nos credos ocidentais [...] esta fórmula confessional conservou o seu lugar praticamente sem exceção. Até a Reforma, não existe nenhuma exceção (Schep, NRB, 221).

Justino Mártir (c. 100-c. 165)
O filósofo convertido Justino Mártir foi um dos primeiros grandes apologistas da igreja. Ele não somente usa a expressão “ressurreição da carne”, mas também a designa como referindo-se à carne (ao corpo), e não à alma. Ele diz claramente:
“A ressurreição é uma ressurreição da carne que morre” (ORF, in: Roberts and Donaldson, ANF, 1.298). “Ele até chamou a carne à ressurreição, e promete a ela a vida eterna. Pois nas passagens em que Ele p rom e te salvar o h om em , ali Ele faz a prome ssa à carne” (ibid., 297).
Irineu (c. 125-c. 202)
Ressuscitar a carne não representa um problema para Deus. Uma vez que o Senhor tem poder de infundir vida no que desejar, e uma vez que a carne pode ser vivificada, o que resta para evitar a sua participação na incorrupção, que é uma vida abençoada e eterna, concedida por Deus? (AH, 3.3, in: ibid., 530).

Tertuliano (c. 155-c. 225)
Com respeito a esta regra de fé [...] vocês devem saber que a crença prescreve que existe um único Deus e que Ele é o Criador do mundo, que criou todas as coisas do nada, por meio da sua palavra, que Ele já existia antes de tudo e todos [...] e que, por fim, desceu pelo Espírito e pelo Poder do Pai à virgem Maria, e tornou-se carne no seu útero [...] tendo sido crucificado, ressuscitou novamente ao terceiro dia [...] e voltará, com glória, para levar os santos para desfrutarem a vida eterna e as promessas celestiais, e condenar os ímpios ao fogo eterno, depois que tiver tido lugar a ressurreição dos dois tipos de pessoas, juntamente com a restauração da carne destes (PAH , XIII, in: ibid., 3.249).
Atenágoras (final do século II)
[O fato de que] o seu poder é suficiente para ressuscitar os defuntos é demonstrado pela criação destes mesmos corpos. Pois se, quando eles não existiam, Ele criou, na sua primeira formação, os corpos de homens e seus elementos originais, quando eles forem dissolvidos, Ele os ressuscitará, de qualquer maneira que possa haver, com a mesma facilidade, pois também isto é igualmente possível para Ele (RD , 3, in: ibid., 2.150).

Rufino (345-410)

Rufino, um bispo latino, escreveu a obra “Commentary on the Apostles’ Creed” (Comentário sobre o Credo dos apóstolos), em que declarou que até mesmo as partículas perdidas do corpo morto serão restauradas no corpo ressurrecto. Em outra declaração encontrada em um prefácio à obra “Defense of Origen” (Defesa de Orígenes), de Panfílio, Rufino enfatizou a identidade do corpo de Cristo com a sua carne:
Nós cremos que é esta mesma carne na qual vivemos agora que irá ressuscitar outra vez, não um tipo de carne em vez de outro, nem outro corpo que não seja o corpo desta carne [...] E uma absurda invenção de maldade pensar que o corpo humano é diferente da carne (citado por Schep, NRB, 225).

Itard Víctor Camboim De Lima. 30/11/2014.


(NORMAN, Geisler. Teologia Sistemática vol 2. p, 716-717).  

Nenhum comentário:

Postar um comentário